DESEJO INFRENE
Wanderlei Guedes da Silva
Depois de o dardo do desejo disparado
E penetrado o coração com rapidez,
Não há mais nada que socorra o apaniguado.
Foi deflagrada a malfadada cupidez.
O indivíduo vai ficando abobalhado,
A atitudes vão raiando à insensatez.
Não há remédio que ajude o condenado
A serenar, pelo projeto, a avidez.
Se o objeto do desejo do safado,
For calculista meretriz, com tal jaez,
O infortúnio do sujeito está selado.
Vão-se a família, o moral, a altivez,
Todos os bens e o tirocínio do frechado.
Eu não concebo essa imoral desfaçatez.
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