Um copo que cai
Na calçada da vida
Estronda o universo
Abre no cosmo a ferida
O corpo desnudo pedindo conselho
Ao tempo remoto se quebra também
E a chama que se reflete no espelho
Corrompe-se em lava. E isto não convém.
A relva em prantos se curva aos pés
De andadores queixosos que vêm do além
E a brisa forasteira se quebra na tez
De pêssegos aveludados sem desdém.
A curva da estrada que faço ansioso
É a lástima do tempo que perdi no caminho
E a poeira deixada para trás no arenoso
É a paz que a lembrança guarda com carinho.
Um sorriso que o céu deixa no infinito
É o paraíso que a alma de todos procura
É o passo perdido no meio do caminho
O relevo que transmite a nós a formosura.
Enquanto a relva do céu se curva nos finitos
A triste alegria dos homens se esvai
Numa mistura de caos, lindas cores e gritos
Inconstância de seres que neste mundo cai.
E a magia dos credos se vai mais além
Nestes ritos incontidos de febre e paz
As lutas que travamos todo dia, porém,
São as mesmas que um anjo leva e trás.
Uma onda de quimeras paira no abismo
De belezas entristecidas que o tempo atrai
Redundando em falsas iras para o inimigo
E embebeda sua alma que no inconstante cai.
Autor: Martins Morais
MILHO VERDE – TERRA QUE ENCANTA A GENTE
Martins Morais
Mais se anda, mais se encanta, mais se encontra
Inteiramente consigo, e encontra amigos...
Luares maestris dão sua luz à magical terra onde
Homens convivem, revivem, constroem, sonham;
Onde as alegrias são fartas e os ventos são coloridos...
Vida é o que
há neste paraíso achado na serra,
Entrecortado
de nascentes, coberto de grama,
Revestido de
uma senhora história que emociona
Dando lugar
sempre à poesia e à cultura que
Enriquece os
corações destes nós tão desvairados.
Milho Verde é o berço
sagrado de qualquer um!
É o centro comum que
todos poderiam ter se quiserem...
É a terra natal de
tantos outros...
de tantos outros...
que parece que até
quem nunca esteve por lá
sabe que poderá
contar com um abraço amigo
ali sempre.
E sempre é pra toda a
vida!!!
Parabéns Elenice Veloso, lindo poema da nossa amiga, integrante do GIED.
CANDELABROS
Através da luz dos calendelabros
Escondemos as nossas faces,
Que antes eram dóceis
E tinham grande leveza.
Da sua luz criam-se imagens
Consumidas pela imaginação
E asas podadas
Para se fazer um vôo no infinito.
De uma pequena réstia de claridade
Posso ver ainda um brilho
Vindo dos seus olhos
Que gostaria eu de não poder percebê-lo
Ma para que tanta preocupação?
Se na verdade basta que eu apague
A luz dos candelabros
A última luz...
( Elenice Veloso)
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