CORPO EM DESENCANTO - MARTINS MORAIS

CORPO EM DESENCANTO

Martins Morais

Um aperto, um afago e o apreço,

Que sobrepõe o fogo e intriga a mente escancarada;

Revira a casa do corpo

Incandesce a voz aveludada quase em eco...

E enche de lava a alma pura

Da extrema sensação pulgente,

Cheia de fel e ternura.

Um tempero adocicado de aurora

Páira nos pulmões dos apaixonados:

Que sofrem a hora da despedida,

Que amam o segundo após a chegada,

Que reviram as gavetas da vida e

Adormecem ao léu à espera da amada.

Um minuto é eterno

E etérea é a hora em que juntos os corpos se enchem,

Se encostam e tremem

- simultâneos...espontâneos...quentes...safos!!!

O corpo esbelto aos olhos doutro torna-se nuvem

E o entardecer dentro daquele tempo de graça

É quase que um universo por completo...

...em chamas...e em caos.

A paixão reluzente é mais que uma forma,

Mais que meias palavras,

Mais que meros sentimentos.

É uma inteira possibilidade de ver além de horizontes púrpuros,

Com binóculos mágicos, divinos,

A nossa própria alma que se estampa nas paredes da vida.


DIAMANTINA

WARLISSON DE FÁTIMA SANTOS


“Diamantina é uma jóia rara”

Assim começa uma canção

Quem nasceu em Diamantina é artista

Músico, poeta ou artesão!


Diamantina, uma jóia rara

Raro prazer do sim e do não

Terra onde os diamantes “deixaram tristeza”

Quantos de nós não vivemos em vão!


Diamantina, jóia rara

JK nos faz orgulho da nação

Todo ano tem a sua medalha

Mas a vida não muda não.


Diamantina rara

Cidade da loucura perdida,

Do beco do mota da vida,

Da desigualdade que assola o país!


Diamantina

Deusa da grande canção,

Dona de Minas, do País e do Mundo

Acima de tudo,

Orgulho deste cidadão!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Cris Diamantina e Martins Moraes arrasaram nas postagens

Acordes de borboletas e suas asas dançantes


Ganho as ruas com meus passos tímidos...
Tímidas, minhas pernas vegetam escorregadias
Pelas calçadas de mimos
Feitas de pedaços de céu e marfim.

Acordes de borboletas e suas asas dançantes
Nas poucas cores do céu, respondem
Às roucas vozes no papel de jardim
Dedilhando melodias em muitos versos
De infinitas flores que se rendem a mim.

Assim, os pássaros que vejo na floresta
Sugando a seiva poética do amanhã
São como as rosas: - ficam em festa!
Quando o dia surge no acomodar 
Dos rudes dias de pouco pesar
Nas esquinas de outros verões.

Tão cedo parte, a vida espera
O amanhecer daqueles que lá se vão
Sentar na sela de nuvens rosadas
Piscar os olhos com os pés no chão
Calçar preguiças em sombras frescas

Largar do vergel o tremendo som
Para virar lua nesta rua estreita
E procurar refúgio na sedução;

É pegar carona com o ainda breve
Carro que vem da lembrança
E pisa a grama, e desfaz a trança
Jubilando cada gesto...
(ar de submissão)
incorporando ao manifesto
o semblante da destruição.

Martins Morais







Arte de fazer do coração um só pedaço

 

Tem gente que pensa...

Que amar é uma arma

E sofrer é mais que um pulo

Num poço cheio de lava.



Tem gente que pensa...

Que sonhar é uma farsa

E embriaga os sentidos

Na altivez da cachaça.



Tem gente que pensa...

Que o coração tem mais que um dono

E o amor só nele enquadra

Uma semente no abandono.



Tem gente que pensa...

Que pensar não é uma arte

E engana-se pensando na doença

Do poema no papel quando nasce.



Tem gente que sendo gente...

Esquece do lado do laço

Que prende a gente na mente

E faz de todo coração um só pedaço.



Martins Morais



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